Policial Civil se suicida no Atibaia Jardim

Policial Civil se suicida no Atibaia Jardim

Depressão e problemas estruturais no prédio em que vivia teriam sido o estopim para a atitude.

Por volta das 18:30 horas da última quarta-feira, houve comunicado a delegacia de polícia de Atibaia a respeito de suicídio do policial civil Carlos Henrique Lozano Nascimento, 44 anos, ocorrido no edifício Marisa, localizado na rua Itália nº 198, bairro Atibaia Jardim.

A autoridade policial compareceu no local, acompanhado do investigador de polícia Claudio Barbosa, e foram atendidos por um morador. Houve indicação de que o fato ocorreu no 6º e último andar do edifício, tratando-se de um espaço destinado a instalação de um pequeno salão de festas.

O corpo da vítima estava sobre um sofá ali existente, reclinado a direita, apresentando ferimento no peito, com característica de perfuração por projétil. Sob o corpo havia um revólver calibre 38, da marca “taurus”, com o gatilho puxado e o cão acionado para trás, porém com 05 cartuchos intactos. No chão, próximo ao corpo, havia uma arma de fogo tipo pistola, calibre ponto 40, com o brasão da polícia civil, modelo pt840, com carregador contendo 13 cartuchos intactos. Ainda no chão, próximo a arma citada, havia um cartucho intacto de calibre ponto 40. que um cartucho deflagrado de referido calibre foi encontrado um pouco distante do corpo. defronte ao sofá, havia uma pequena mesa de centro e sobre ela havia dois bilhetes manuscritos e uma caneta, um dos quais continha nomes e números de telefones de parentes, com os seguintes dizeres: “não possuo recursos emocionais para prosseguir”.

O segundo bilhete faz breve narrativa de que problemas estruturais do edifício contribuíram para o agravamento do quadro emocional disfuncional da vítima, com a data de hoje e assinatura com o nome da pessoa falecida. ainda sobre referida mesa havia uma cartela vazia do medicamento “clonazepam”.

Foi apurado no local que a vítima exercia a função de investigador de polícia na corregedoria da polícia civil de São Paulo (na divisão de processos administrativos) passava por problemas relacionados a depressão e que na quarta-feira não teria comparecido ao trabalho. Segundo moradores, foi visto pela última vez andando pelo edifício por volta das 13:00 horas. Há imagens gravadas pelas câmeras de que chegou sozinho com um veículo por volta das 11:25 horas da manhã.

De acordo com a esposa da vítima, além da depressão, há uma demanda judicial relacionada a problemas estruturais nos apartamentos do edifício que muito perturbava a vítima. que por volta das 13:00 horas Carlos Henrique transferiu a quantia de R$6.700,00 para sua conta e acabou deixando sobre uma mesa seus documentos, cartões bancários e também uma carta de despedida, cuja cópia apresentou para juntada as investigações. Também compareceu no local o delegado de polícia Dr. Matheus de Campos Pinheiro, delegado de polícia da 2a. Corregedoria Auxiliar de Campinas, designado a acompanhar os trabalhos. Compareceu no local o perito Rodolfo do I.C. de Bragança Paulista para os exames periciais necessários, sendo requisitado exame pericial no local e também exame residuográfico no falecido. O corpo foi removido pela funerária Parque Flores para o IML de Bragança Paulista, requisitando-se a realização de exame pericial necroscópico e coleta de sangue para realização de exame toxicológico.

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