Cresce o número de pessoas que buscam a economia da energia solar

Cresce o número de pessoas que buscam a economia da energia solar

Com o objetivo de reduzir a conta de energia elétrica de sua loja de moda infantil e também de sua casa, o empresário Silvio Inada decidiu implantar um sistema de geração de energia solar. Desembolsou 40 000 reais para dispor 25 placas fotovoltaicas no telhado da loja, o que fez com que suas contas de 800 reais ao mês passassem para os atuais 300. “O custo de implantação é alto, mas consegui reduzir e terei retorno do investimento”, afirma. Já a ceramista Malu Serra aproveitou o teto do ateliê que fica nos fundos de sua casa para ali instalar um sistema semelhante, o que vem ajudando a reduzir em 20% o alto consumo de energia elétrica, turbinado pelo forno que usa para produzir as suas caprichadas peças. As placas instaladas pelo casal Luciene Fonseca e Alex Nóbrega geram energia para abastecer a casa de três pavimentos e ainda sobra. O excedente vai para a rede, e fica como crédito para amortizar novas contas. Esses são alguns exemplos de como residencias, empresas e vários setores da economia estão aderindo cada vez mais à geração própria de energia elétrica a partir de instalação de equipamentos que captam a energia solar nos espaços que encontram disponíveis.

O que motivou esse boom foi a corrida para aquisição dos equipamentos antes da entrada em vigor da lei que criou uma espécie de taxação sobre o excedente de energia solar gerado, em janeiro deste ano. Até então, se uma família produzisse 200 quilowatts/hora com painéis solares, mas só usasse 100 quilowatts/hora, os outros 100 eram injetados na rede elétrica e ficavam como crédito, e poderiam ser usados integralmente. Agora isso mudou e haverá custo para quem utilizar os créditos excedentes, com a justificativa de remunerar a concessionária pelo uso das redes, que pode chegar a 90% do valor da tarifa em 2028.

Isso, porém, não deve ser entrave para o mercado, segundo Marco Souto, professor de pós-graduação especializado em eficiência energética. “O custo não inviabiliza nenhum projeto. Continuará sendo vantajoso, já que trata-se de um investimento que se paga”, afirma. “Se alguém colocar essa quantidade de dinheiro na poupança, o benefício econômico será três vezes inferior em relação à economia de energia”, calcula o físico Roberto Zilles, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP.

Empresários do setor encaram o rápido avanço da base de clientes apenas como um começo. A análise leva em conta um mix que engloba isenção fiscal na aquisição dos sistemas, linhas de financiamento aliadas ao barateamento dos custos de insumos em até 20% e aperfeiçoamento da mão de obra. “Sem dúvida veremos uma expansão residencial muito representativa”, afirma Barbara Rubim, vice-presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). “Para pequenos e médios comércios, a eletricidade muitas vezes fica atrás apenas do custo da folha de pagamento de funcionários. De 2015 a 2022 a alta da conta de luz chegou a 80%. Toda vez que isso acontece, o consumidor comercial fica mais propenso a buscar soluções”, diz.

Uma aposta do setor é na expansão do serviço de geração compartilhada. Quem adere a esse sistema não precisa instalar nenhum equipamento, já que pode apenas fazer uma assinatura de energia solar e ter os créditos descontados na conta de luz. Embora já difundido no país e no estado, só agora ele será oferecido na capital, pela Sun Mobi. Apesar de todo cenário, o alerta para uso racional é necessário. “Há o argumento de que se está produzindo uma fonte renovável e de menor impacto ao meio ambiente. Porém, se as pessoas não reduzirem o seu consumo, estarão apenas jogando a sujeira para debaixo do tapete”, diz Zilles, da USP.

Com o objetivo de reduzir a conta de energia elétrica de sua loja de moda infantil e também de sua casa, o empresário Silvio Inada decidiu implantar um sistema de geração de energia solar. Desembolsou 40 000 reais para dispor 25 placas fotovoltaicas no telhado da loja, o que fez com que suas contas de 800 reais ao mês passassem para os atuais 300. “O custo de implantação é alto, mas consegui reduzir e terei retorno do investimento”, afirma. Já a ceramista Malu Serra aproveitou o teto do ateliê que fica nos fundos de sua casa para ali instalar um sistema semelhante, o que vem ajudando a reduzir em 20% o alto consumo de energia elétrica, turbinado pelo forno que usa para produzir as suas caprichadas peças. As placas instaladas pelo casal Luciene Fonseca e Alex Nóbrega geram energia para abastecer a casa de três pavimentos e ainda sobra. O excedente vai para a rede, e fica como crédito para amortizar novas contas. Esses são alguns exemplos de como residencias, empresas e vários setores da economia estão aderindo cada vez mais à geração própria de energia elétrica a partir de instalação de equipamentos que captam a energia solar nos espaços que encontram disponíveis.

O que motivou esse boom foi a corrida para aquisição dos equipamentos antes da entrada em vigor da lei que criou uma espécie de taxação sobre o excedente de energia solar gerado, em janeiro deste ano. Até então, se uma família produzisse 200 quilowatts/hora com painéis solares, mas só usasse 100 quilowatts/hora, os outros 100 eram injetados na rede elétrica e ficavam como crédito, e poderiam ser usados integralmente. Agora isso mudou e haverá custo para quem utilizar os créditos excedentes, com a justificativa de remunerar a concessionária pelo uso das redes, que pode chegar a 90% do valor da tarifa em 2028.

Isso, porém, não deve ser entrave para o mercado, segundo Marco Souto, professor de pós-graduação especializado em eficiência energética. “O custo não inviabiliza nenhum projeto. Continuará sendo vantajoso, já que trata-se de um investimento que se paga”, afirma. “Se alguém colocar essa quantidade de dinheiro na poupança, o benefício econômico será três vezes inferior em relação à economia de energia”, calcula o físico Roberto Zilles, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP.

Empresários do setor encaram o rápido avanço da base de clientes apenas como um começo. A análise leva em conta um mix que engloba isenção fiscal na aquisição dos sistemas, linhas de financiamento aliadas ao barateamento dos custos de insumos em até 20% e aperfeiçoamento da mão de obra. “Sem dúvida veremos uma expansão residencial muito representativa”, afirma Barbara Rubim, vice-presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). “Para pequenos e médios comércios, a eletricidade muitas vezes fica atrás apenas do custo da folha de pagamento de funcionários. De 2015 a 2022 a alta da conta de luz chegou a 80%. Toda vez que isso acontece, o consumidor comercial fica mais propenso a buscar soluções”, diz.

Uma aposta do setor é na expansão do serviço de geração compartilhada. Quem adere a esse sistema não precisa instalar nenhum equipamento, já que pode apenas fazer uma assinatura de energia solar e ter os créditos descontados na conta de luz. Embora já difundido no país e no estado, só agora ele será oferecido na capital, pela Sun Mobi. Apesar de todo cenário, o alerta para uso racional é necessário. “Há o argumento de que se está produzindo uma fonte renovável e de menor impacto ao meio ambiente. Porém, se as pessoas não reduzirem o seu consumo, estarão apenas jogando a sujeira para debaixo do tapete”, diz Zilles, da USP.

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