Disputa pela presidência da Câmara acirra os ânimos no cenário político de Atibaia

Disputa pela presidência da Câmara acirra os ânimos no cenário político de Atibaia

Rumores de uma candidatura diferente da combinada em 2020 irritou o deputado federal Saulo Pedroso que disse esperar que “homens cumpram coma palavra”.

A eleição do presidente da Câmara para o último ano do atual mandato promete esquentar os bastidores da política. Em sua primeira entrevista como deputado federal, o ex-prefeito Saulo Pedroso subiu o tom e disse esperar que a palavra empenhada em 2020 seja cumprida e não poupou nem mesmo o vice-prefeito Fabiano de Lima e o ex-deputado federal Roberto Santiago.

Segundo o que teria sido pactuado após a vitória do atual grupo político em 2020, a configuração dos próximos presidentes já estaria definida. Em 2021 ficou acertado que seria o vereador Zé Machado do PSC pelo tempo de Câmara, em 2022 seria o ano do PL (que elegeu 2 vereadores) com Júlio Mendes, em 2023 Militão, eleito pelo DEM e hoje no PSB e o ano de 2024 teria como presidente um nome do PSD, que elegeu Marcão do Itapetinga e Júlio Cuba.

Com as mudanças no cenário político e desencontros no PSD que rompeu com o governo Emil, a vaga não seria mais do partido e já está pactuado que o próximo presidente será o vereador Fefe, eleito pelo PL e hoje no PSB de Roberto Santiago.

A mudança de rota irritou profundamente Saulo, que diz que o acordo foi firmado independente de cenário político futuro e que o PSD cumpriu com a palavra nos três primeiros anos. “A questão da Câmara para mim está resolvida, é o Júlio o presidente. Nós temos compromisso não só dos vereadores que são da aliança política que é o caso do Júlio e do Sidney (Republicanos), mas também temos o compromisso dos vereadores que foram eleitos no combinado dessa sequência. Foi um pacto que eles fizeram, eles apertaram a mão e fizeram a proposta até porque a palavra é o que vale e nós cumprimos com a nossa”, explicou.

Saulo relembrou o que teria sido definido: “Os três primeiros pactuados foram eleitos e agora é a vez do PSD independente das questões políticas. Lá atrás quando pactuaram não foi condicionado se era situação ou oposição. Eu costumo dizer que palavra é como flecha lançada e não tem volta. Meu pai me criou dizendo que se você fizer um compromisso com alguém e apertar a mão, pode ser que seja um compromisso que vá te trazer prejuízo, mas você cumpra, porque ninguém é obrigado a fazer compromisso, mas se fizer tem que cumprir e eles fizeram esse compromisso. Eu não acredito que homens da estatura do Santiago, Fabiano, Zé Machado, Militão, Julio Mendes vão romper com a palavra. Qual seria o interesse de romper com a palavra e ficar publicamente conhecidos com alguém que não cumpriu um compromisso? Isso na política é muito ruim”.

Com este posicionamento a conta é que Júlio teria além do seu voto, o dos três últimos presidentes e do Sidney Guerreiro. Com cinco votos, a diferença seria buscada em um eventual voto de minerva.

Na eventual derrota de Júlio para Fefe, ficará claro que os grupos definitivamente estarão em lados opostos na disputa do ano que vem e Saulo poderá deixar o mandato em Brasília para disputar a eleição municipal.

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